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Fortes emoções podem causar Síndrome do coração partido

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Quem nunca viveu o luto de perder alguém muito querido? Ou sofreu por um amor?

Existem perdas na nossa vida que causam tanta tristeza, que a sensação de aperto no peito é de que estamos doentes e que a dor não vai passar. Essas sensações são tão corriqueiras na vida da maioria das pessoas que músicas foram feitas inspiradas nessas sensações, até mesmo livros, filmes e tema de novelas.

Mas a verdade é que o coração partido não é apenas uma força de expressão, ele também pode ser uma doença, a Síndrome do Coração Partido. Esse problema acarreta dores físicas e problemas psicológicos que, se não tratados, podem se agravar e resultar em doença cardiovascular mais grave.

A doença é ainda pouco conhecida , pois o primeiro caso foi relatado apenas em 1990, no Japão. A síndrome é cientificamente chamada de cardiomiopatia de Takotsubo que, em japonês, significa armadilha para capturar polvos, devido ao formato semelhante ao do coração após apresentar o problema. As artérias continuam intactas, mas o coração sofre uma dilatação na ponta, uma alteração da contração, que normalmente é a ponta. É uma doença rara, que ocorre normalmente, após uma forte emoção, normalmente de perda, como morte ou separação.

O cardiologista do Hospital Renascença, João Paulo Vieira, orienta como proceder caso a doença seja diagnosticada. “Embora não apresente lesão coronariana obstrutiva como o infarto, a doença deve ser tratada com o mesmo grau de cuidados. O tratamento deve ser feito em ambiente de terapia intensiva, devido ao potencial de complicações que podem ser letais. O paciente deve ser acompanhado por equipe de cardiologistas e intensivistas, recebendo drogas e ou medidas necessárias para o suporte circulatório. O tratamento pode, em alguns casos, ser prolongado a depender do grau de acometimento cardiovascular", explica.

 O tratamento deve ser feito em conjunto com psicólogo, já que o equilíbrio emocional é um dos fatores preponderantes para a superação dessa patologia, quando não tratada ela pode causar morte.

 “É importante observar se o indivíduo tem outras morbidades, como isquemia, hipertensão, diabetes ou dilatação do ventrículo e, diante de uma descarga de adrenalina tão violenta, ele pode ter uma evolução ruim. Como não é uma regra e não se tem uma experiência muito grande com essa doença, se torna tudo especulação.”, alerta.

público mais atingido em 95% dos casos pela Síndrome são as mulheres na faixa etária dos 55 anos.Você sabe quando deve se consultar com um cardiologista? 

Quando não houver o envolvimento dos fatores de risco, o recomendado é: homens devem realizar a primeira avaliação logo após completarem 40 anos, e as mulheres, depois dos 45.

Agora, se houver a envolvência dos fatores de risco, a idade reduz para 30 e 40 anos, respectivamente.

Por isso, a dica é a seguinte: pratique exercícios físicos regularmente, cuide da sua alimentação e evite o uso de cigarros. Lembre-se também de controlar a bebida alcoólica!

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